Hoje, homens e mulheres dividem tarefas e posições, ainda que os números do mercado de trabalho não sejam os ideais. Ter um ambiente corporativo diversificado traz benefícios para todos os envolvidos – colaboradores recebem o reconhecimento por seus trabalhos e empresas ganham em estratégias de inovação variadas.
No agronegócio a situação não é diferente. No Censo Agropecuário de 2017, um dos últimos dados oficiais que o IBGE coletou, 947 mil mulheres eram as encarregadas de propriedades rurais dentro de um universo de 5,07 milhões de propriedades – isso significa que, naquele ano, quase 19% das propriedades eram geridas por mulheres. Atualmente, a ocupação das mulheres cresceu e elas atuam em diversas áreas do setor – desenvolvendo soluções e inspirando outras a seguirem pelo mesmo caminho. O resultado é positivo para o mercado, ainda que em pequenos passos.
Os dados de 2017 mostram que o Brasil possuía 13% a mais de mulheres produtoras rurais do que no penúltimo censo realizado em 2006. Hoje, esse número já é bem maior – segundo a Fundação Getúlio Vargas, temos quase 1 milhão de mulheres comandando propriedades rurais no Brasil.
Os desafios ainda são muitos e a presença feminina no agronegócio ainda precisa passar por maiores fortificações, elevando o setor e o mercado a outros patamares. Mas as primeiras ações já foram tomadas. Por exemplo, no final de 2021, Malu Nachreiner assumiu como nova presidente do Grupo Bayer no Brasil – é a primeira vez que uma mulher comanda a multinacional alemã no país.
34% da gerência do Agronegócio brasileiro está sob o comando das mulheres
Outro grande exemplo de como o mercado está aberto a mudanças vem do AgroGalaxy, que em maio de 2021 se tornou a primeira companhia do agronegócio brasileiro a receber o certificado Women on Board. Desde 2020, seu Conselho de Administração conta com a presença de 3 mulheres (entre os 9 que formam o conselho) – Elaine Schulze (engenheira), Larissa Pomerantzeff (economista) e Tarcila Ursini (advogada e economista).
A iniciativa WOB é independente e apoiada pela ONU, tendo como objetivo valorizar ambientes de trabalho que estimulem a presença de mulheres em altos cargos, como conselhos de administração, além de estimular a diversidade no mundo corporativo.
Já no Instituto AgroGalaxy, mais da metade da Governança é formada por mulheres. Além de atuar para aconselhar, acelerar e investir em soluções que façam a diferença na vida do produtor rural, o Instituto tem como objetivo difundir práticas socioambientais sustentáveis e criar um ambiente de negócio mais igualitário e diverso.
Fontes:
Fundação Getúlio Vargas
Estadão Summit Agro 2021